Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é.
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem;
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: “Fui eu?”
Deus sabe, porque o escreveu.
domingo, 30 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Versos_Débora Damaceno 29.05.2010
Meus versos são suspiros
De há muito guardados.
Nunca esperados,
Porém, antes sentidos.
Agora é o que tenho.
Luz e sombra.
E o que fica,
Desenha minha alma.
Porém, porém,
Neles há vida,
Neles há você,
Há meu coração.
Se vale a pena,
Se pergunte.
Se há resposta,
Apenas sinta.
De há muito guardados.
Nunca esperados,
Porém, antes sentidos.
Agora é o que tenho.
Luz e sombra.
E o que fica,
Desenha minha alma.
Porém, porém,
Neles há vida,
Neles há você,
Há meu coração.
Se vale a pena,
Se pergunte.
Se há resposta,
Apenas sinta.
Vida_Débora Damaceno 2004
E a vida o que é?
Não se sabe.
Não se entende.
Se vive, se reclama.
Se chora, se enfrenta.
Cai, levanta.
Sobe, gira.
Grita, volta.
Segue, agonia.
Se leva, se rompe.
Se vive, se não vive.
Se desprende.
Se espera, perdoa.
Se mostra, se vê.
Se soma, multiplica.
Divide, diminui.
É ar, leveza.
Sentimento, intuição.
É caminho, direção.
Estrada, busca.
É resposta, solidão.
Desafio, destino.
É escolha, vida.
Morte, ciranda.
É mágica.
Não tem lógica.
É o nosso meio.
Meio começo.
Meio termo.
Meio fim.
Não se sabe.
Não se entende.
Se vive, se reclama.
Se chora, se enfrenta.
Cai, levanta.
Sobe, gira.
Grita, volta.
Segue, agonia.
Se leva, se rompe.
Se vive, se não vive.
Se desprende.
Se espera, perdoa.
Se mostra, se vê.
Se soma, multiplica.
Divide, diminui.
É ar, leveza.
Sentimento, intuição.
É caminho, direção.
Estrada, busca.
É resposta, solidão.
Desafio, destino.
É escolha, vida.
Morte, ciranda.
É mágica.
Não tem lógica.
É o nosso meio.
Meio começo.
Meio termo.
Meio fim.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Sussurra o silêncio_Débora Damaceno
O silencio que vibra em mim
É música que não cala
São os olhos de minh’alma
Tudo que não me separa do que
Sou na verdade de verdade.
Mas que a chuva então sussurre
Como o vento dentro do coração
E que tu possas escutar assim
Gotas e lágrimas despertando
O doce infinito que há em mim.
Se guardada a vida que vibra
Quebrando o que é de vidro em nós
Tua ausência é o que me sobrará
Permeando minha insólita solidão.
Mas que a noite então me leia
E que eu não seja só tristeza
E tudo que passou não fique
E tudo que ficou não passe.
É música que não cala
São os olhos de minh’alma
Tudo que não me separa do que
Sou na verdade de verdade.
Mas que a chuva então sussurre
Como o vento dentro do coração
E que tu possas escutar assim
Gotas e lágrimas despertando
O doce infinito que há em mim.
Se guardada a vida que vibra
Quebrando o que é de vidro em nós
Tua ausência é o que me sobrará
Permeando minha insólita solidão.
Mas que a noite então me leia
E que eu não seja só tristeza
E tudo que passou não fique
E tudo que ficou não passe.
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